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A pandemia virou o álibi perfeito para alguns candidatos

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A pandemia traz aqui risco real a apenas uma pré-candidatura à prefeitura de Santa Maria: a do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB). O atual mandatário é o único impactado quanto às consequências diretas e mais severas desta doença mortífera, que é global.

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O político, que buscará um novo mandato no pleito de 15 de novembro, sabe que se há alguém que pode sair derrotado desta disputa eleitoral é ele. E muitos são os motivos para isso. Porém, uma palavra resume tudo pelo qual ele está sendo colocado à prova: desgaste. 

Do outro lado, pré-candidatos conjecturam e afirmam que, "se estivessem no lugar do prefeito", fariam isso, não fariam aquilo, jamais teriam tomado tal decisão. "Isso não se resolve assim", "basta tal medida"... "É fácil, é só ter diálogo".

Porém, nenhum deles está no lugar do prefeito. Logo, o que cabe a eles é isso: conjecturar e, não raro, jogar para a torcida. O que, em tempos de rede social, agrada aos negacionistas, terraplanistas, olavistas do Brasil do presente. Ao não se esconder, e ao tomar frente às decisões da municipalidade, Pozzobom por óbvio iria ser amado e, claro, odiado. O tucano hoje se descolou mais da veste de político. E age, muito mais, como gestor. Errou, acertou. Mas o mais importante: fez e faz. Não se escondeu dentro do gabinete em tempos de crise.

Acertou ao resguardar educadores, crianças e jovens das escolas públicas e privadas da cidade com o fechamento das escolas. E agora viabiliza, junto ao empresariado local, a reabertura do comércio. Ainda que cometa o erro de não abrir totalmente o comércio, e pontuou com o programa de juros subsidiados voltado ao microempreendedor. 

COLOCADO À PROVA
O reducionismo e a miopia, associadas à má-fé de alguns, tentam fazer com que o problema seja a obrigatoriedade do uso de máscaras. Pozzobom é o único, gostemos ou não, que está sendo testado de verdade frente a um problema que é real. O resto, também precisamos ter razoabilidade de ver isso, são intenções ou, o que é pior, palavras descompromissadas e irresponsáveis. Pozzobom pode, o que é possível ocorrer, ser derrotado nesta disputa. Mas, certamente, sairá maior do que entrou há quatro anos.

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